O câncer do colo do útero é a principal causa de morte entre mulheres na América Latina e no Caribe. Apesar de ser altamente evitável, a doença mata 35,7 mil mulheres a cada ano nas Américas - a maioria (80%) desses casos ocorre na América Latina e no Caribe. As taxas de mortalidade três vezes mais altas na América Latina e no Caribe do que na América do Norte destacam as desigualdades existentes em termos de renda, gênero e acesso aos serviços de saúde na Região. Se as tendências atuais continuarem, estima-se que as mortes por câncer do colo do útero nas Américas aumentem para mais de 51,5 mil em 2030 devido ao crescimento da população e aos ganhos na expectativa de vida; 89% dessas mortes ocorrerão na América Latina e no Caribe. O rastreamento de lesões pré-cancerosas em mulheres, seguido de tratamento, é uma intervenção custo-efetiva para prevenir o câncer de colo do útero. A vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) pode reduzir significativamente o risco deste tipo de câncer. A OPAS recomenda vacinar meninas de 9 a 14 anos, quando é mais eficaz. As vacinas contra o HPV estão disponíveis em 35 países e territórios das Américas, mas as taxas de cobertura com as duas doses ainda não chegam a 80% das meninas. Junto com a vacinação contra o HPV, o rastreamento e o tratamento de lesões de forma precoce podem prevenir novos casos e mortes. Se detectado precocemente, o câncer do colo do útero pode ser tratado e curado. Sem tratamento, este tipo de câncer é quase sempre fatal.
Originador(es): Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)HPV e câncer do colo do útero
Recurso adicionado em:
12/12/2023
Idiomas disponíveis:
Português